Notícia na Gazeta das Caldas
13 de Fevereiro de 2021

Peniche celebra 80 anos e quer aproximar-se dos adeptos
Lançamento de novo site e hino oficial do clube marcam arranque das comemorações, que se vão prolongar até janeiro do próximo ano.
O Grupo Desportivo de Peniche assinalou, no passado sábado, o 80º aniversário e recebeu um presente dos Némanus , que lançaram o hino oficial “Raça do Mar”. Mas as celebrações não ficam por aqui, dado que o clube, apesar do confinamento, quer estar próximo dos sócios e adeptos, apostando na comunicação. E já apresentou um novo site, além de ter assinado um protocolo com o ginásio Refísica Ginásio.
Nascido a 30 de janeiro de 1941, por fusão do Relâmpago Foot-Ball Club, o Faísca o Peniche Foot-Ball Clube, o GD Peniche é um dos históricos do distrito. Competiu nos nacionais entre 1942 e 2007 e esteve à beira de subir à 1ª Divisão por duas ocasiões, nas temporadas 1971/72 e 1983/84, quando disputou a “liguilla”. Em 2020/21 milita na Divisão de Honra distrital, mas tem a ambição de subir ao Campeonato de Portugal.
Além de ser uma referência na formação, a lista de jogadores notáveis do clube contempla nomes como Jorge Jesus (1973/74). Ou o guineense Forbs, que chegou ao futebol português via Bombarralense, mas que em 1983/84 se destacou no Peniche, sendo uma das figuras de destaque da equipa do jogador-treinador Manaca que ficou a 2 pontos do Penafiel e falhou a promoção ao escalão principal.
Presidente orgulhoso
Eleito em junho do ano passado, Paulo Ferreira é o presidente do clube e só lamenta não poder festejar o 80º aniversário com os adeptos. Ainda assim, o dirigente garante que o GD Peniche “está próximo” dos associados, através da aposta na comunicação.
“Tínhamos muitas atividades planeadas, mas que tivemos de alterar. Por isso, tomámos a decisão de prolongar as comemorações durante um ano, até 30 de janeiro de 2022”, revela o responsável, garantindo que o clube “continua a investir” para manter os objetivos desportivos de uma temporada atípica. “O grande objetivo é voltar aos nacionais e, embora seja muito difícil fazer futurologia no atual contexto, não consideramos justo ter os distritais parados e o Campeonato de Portugal em curso”, observa.
Das reuniões com a AF Leiria resulta a ideia de que a Divisão de Honra pode ter um desfecho diferente do habitual. “Basta apenas uma volta do campeonato para termos verdade desportiva. Fazer poules ou playoff não faz sentido. Devemos premiar a regularidade”, explica Paulo Ferreira, que diz ter encontrado um “clube grande, com mística, a precisar apenas de uns toques de comunicação”, mas “financeiramente estável”.
Das memórias que guarda do clube faz para o antigo campo de futebol. “Nos tempos livres, o caminho era sempre o mesmo. O Baluarte era a nossa vida. Era o centro da nossa atividade. Faz parte da nossa memória coletiva”, relembra o dirigente, apostado em recuperar a mística do Peniche.